domingo, 28 de dezembro de 2008

Deserto de Vida

Como se a Vida,
Pudesse ser... Vida!
Como pode ser Vida,
Se sinto a escorrer-me pelas mãos,
E sem meios de a agarrar?
Como pode ser Vida,
Se sem luz nada cresce!
Vida? Morte?
Antítese do ser.
Memória de um momento,
Força de um sentimento,
Apanágio social!
Sem regras nem códigos!
Sem maneiras de prender,
Sem possibilidade de controlar.
Interacções de Vidas,
Esperando por um fim certo!
Linhas escritas sem poder,
Apenas com a ficção da mente.
Peso interior, carregado por batimentos.
Sentidos trocados,
Descolorados!
Razões de estar incompletas,
A busca pela perfeição,
Mas o encontro do espirito num corpo morto!
As pulsações tremidas,
Numa alma fria e roxa!
Um olhar quente no meio do nada,
E um raio de calor que aquece uma utopia!
Um sorriso preso nos braços inquebráveis da sombra!
Batalhas interiores para um respirar saudável!
Um desejo que desaparece com um fraco sopro de insensatez,
Num deserto de sonhos e desejos...

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